Tecnologia

Bard, tecnologia de inteligência artificial do Google, chega ainda em 2023

O avanço das tecnologias de inteligências artificiais por outros players balançou o Google. Durante o “Google for Brasil 2023”, realizado nesta terça-feira (27/6), em São Paulo, esse movimento ficou evidente a cada fala dos representantes da empresa. Enquanto prometeram a chegada do Bard em português até o final deste ano, os diretores da companhia não deixaram de enfatizar a necessidade de um uso “responsável” das IAs.

Em conversa com os jornalistas presentes no evento, o presidente do Google Brasil e vice-presidente da Google Inc., Fábio Coelho, destacou os avanços da gigante californiana para ter uma solução aprimorada e “responsável”.

“A gente quer fazer um lançamento cauteloso embora entenda que, mesmo com o lançamento cauteloso, o processo passa por treinar o modelo. Ou seja, só o treinamento do modelo vai fazer com que o modelo fique melhor”, afirmou Coelho, que durante seu discurso no Google For Brasil, fez questão de focar no uso da palavra “responsável” ao tratar do tema.

A fala de Fábio Coelho foi corroborada por Bruno Pôssas, vice-presidente de engenharia da Busca do Google. Ao ser questionado sobre a demora para o lançamento no país, o diretor fez questão de enfatizar a busca por um aprimoramento da plataforma.

“A gente está tomando todo cuidado para poder aprender com o mercado que já lançou suas IAs. Queremos refinar os modelos para poder fazer o lançamento. Temos outros países, em inglês, mas buscamos entregar uma plataforma precisa em português para todos os brasileiros”, completou.

Google não admite, mas quer evitar erros do ChatGPT
Apesar de não admitirem, as falas dos dirigentes levam a crer que o Google quer evitar os erros observados em chatbots rivais, como o ChatGPT, pioneiro no segmento. Para romper a barreira do ineditismo de sua rival, a gigante californiana aposta em sua ampla base de dados, somada a um conteúdo aprimorado.

“Primeiro que a gente tem uma base de informação que é maior, a base de informação geral tem muito mais pontos pra gente alimentar o modelo, inclusive em tempo real. E segundo porque a gente já tem uma experiência de como lidar com o processo de valorização de conteúdos bons e promoção de conteúdos não tão bons que fazem parte do nosso processo e das nossas plataformas hoje”, disse Fábio Coelho.

LGPD não é entrave
Por fim, Fábio Coelho fez questão de afirmar que a demora no lançamento do Bard no Brasil em nada tem relação com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), uma vez que ela não está disponível no Brasil e países regidos pela lei de proteção de dados da União Europeia, que são mais rígidas em relação às IAs.

“Não tem nada a ver com LGPD ou leis da União Europeia. As nossas soluções de IA generativa vão chegar ao Brasil ainda neste ano. É só um processo de melhoramento contínuo do nosso modelo, para ele chegar de forma precisa ao Brasil”, concluiu.

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